Eu juro solenemente que não foi planejado.
Era a nossa primeira viagem juntos. Aliás, era a primeira vez que iríamos ficar juntos, só nós dois.
Essa viagem teve um toque de fada madrinha da minha irmã.
Eu estava separado havia alguns meses.
Pedi para minha irmã para me ajudar, fazendo a reserva no hotel no Centro de Piraí (RJ), e que eu iria com companhia.
Como resposta, ela me disse que não havia vaga no hotel, mas que havia conseguido uma vaga na Pousada Manequinho.
Quando cheguei lá com a AD, percebi a "armação" da minha irmã: suíte estilo lua-de-mel, com vista para o rio e o nascer do sol.
Foi ótimo. AD também adorou. Valeu maninha!
Bem. Nesse dia estava acontecendo o encontro da Família Carreiro. Meus primos, tios, sobrinhos, todo mundo lá - menos meu pai que, rabugento como só ele, não foi.
Quando cheguei em Piraí, telefonei para minha irmã para avisar que já estava lá. Resposta:
- Me espera na porta do Manequinho que vou te buscar.
Como assim? Para o encontro dos Carreiros? A maioria deles nem sabia eu estava separado. E ninguém mais, além da minha irmã, sabia da iniciante relação com AD.
AD já estava apreensiva porque ia conhecer minha irmã. Mas nunca imaginou que iria conhecer 'o povo' todo tão logo assim.
Pois é. Minha irmã nos levou para Mendes, onde num hotel, ocorria um dos encontros da família.
Chegando lá, imediatamente me tiraram do carro. Abraços, cumprimentos ... E AD ficou no carro. Quietinha. Quase em estado de choque.
Logo minha prima Milene resgatou a AD de dentro carro.
Ah! Devo dizer que eu ganhei a camiseta do evento, que era branca e tinha uma reprodução de fotos dos meus avós. AD estava com um vestido marrom, com estampa de pequenas flores em tons laranja e amarelos.
Ficou discreta num mar de pessoas vestidas com branco, não?
E aí foram vários acontecimentos: recebeu conselhos das minhas tias, foram mostrar a ela o mural de fotos e ...
Melhor deixar para AD contar esta parte. Fica mais engraçado quando ela conta.
Depois disto, na manhã seguinte, com ela aconchegada no meu peito, fomos acordados com o sol entrando pela sacada da nossa suíte na pousada.
O destino que estava pontilhado, foi traçado então.