terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Um novo começo, ou uma mesma estória por outra perspectiva?

Um novo começo, ou uma mesma estória por outra perspectiva?

Há pouco mais de dois anos havia abandonado este blog.
A motivação original era a ausência de Dk, que estava trabalhando no outro lado do mundo. Literalmente.
Ela voltou e o blog ficou sem sentido.
Fazendo uma varredura sobre mim mesmo na internet - todos deveriam fazer isto de vez em quando - reencontrei o velho blog ainda ativo.
A WEB tem memória de elefante. Ou seria de aranha? [ Biólogos de plantão: aranha tem memória? ]

Gosto do nome, DEZ-MESES, e gosto de escrever. Daí resolvi ressuscitá-lo.

Bom. Para manter uma conexão com a motivação original, Dk está ausente novamente. Só uma semana e no interior do Pará.

Nesses dois anos, ela trocou a "matriz energética" de combustível fóssil para energia elétrica. Mas não a área de atuação.

E eu... eu fico nos meus períodos de solidão acompanhada.

O plural está certo.

Esta é minha terceira e última semana de férias. Somos eu, meu enteado e a cachorrinha Lisbela. Como dito, Dk viajando a trabalho. Mas as duas semanas anteriores foi pouco diferente. Eu estou em férias. Ela não. Só que ao invés de estar viajando, tem trabalhado como nunca, sem tempo para este cara em casa o dia todo. Meu enteado não é de interagir muito. Resta a Lisbela. Mas ela cansa de brincar, e se entoca com a bolinha embaixo da mesa fora do alcance.

Por isto o título.

Espero que gostem das minhas estórias. Prometo ter regularidade nas postagens.

Até a próxima.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dez meses e alguns dias - um casal a distância

Iniciei este blog em janeiro de 2012 quando Dk embarcou para a Coréia do Sul, onde foi trabalhar num projeto.
Bem, não cumpri a promessa de escrever com frequência, principalmente após o início de maio.
Agora o período que intitula o blog acabou.
Passaram-se os dez meses. E eu continuo sem ela.
No final de setembro Dk esteve vinte dias em casa, mas retornou ao exterior no início de outubro para terminar o trabalho, agora na viagem de entrega do navio.
Mesmo com a embarcação tendo chegado ao Rio dia 07/11, há toda uma série de inspeções e verificações de conformidades que a perspectiva de ela desembarcar fica para o início de dezembro.
Tenho feito umas piadinhas com ela - via Skype - que este "cruzeiro" fará com que ela retorne relaxada. Afinal, um belo passeio num navio (OK, não é um transatlântico, é um navio de perfuração de poços de petróleo) deixa qualquer um relaxado.

A experiência para ambos marca mais pela distância, porém o ganho profissional para a Dk é inigualável.
Neste período: fui internado duas vezes, estive duas vezes nos EUA e uma na Coréia do Sul, fiz meu primeiro voo de helicóptero, fui convidado para lecionar em São Paulo, assumi novas responsabilidades profissionais, fiz mediação de debate entre executivos num evento da ISACA-Rio, e fui o mestre de cerimonias em outro.
E isso tudo comunicado numas linhas de e-mail, chat ou VC.

Neste tempo, estamos casados mas não fomos um casal.
Contrasta com os cinco anos em que fomos um casal, mas não estávamos casados (cartório).
Nos três dias em que fui hóspede de um CTI, refleti sobre isto, impressionado pela constatação que eu estive "na beira do abismo". Tudo o que aconteceu com ela, comigo, aqui em casa, na casa dela e não vivenciamos juntos.

Em uns dias, quando Dk voltar, será um novo começo.

domingo, 14 de outubro de 2012

Dez menos cinco igual a ?

Não, não, não! Nada de matemática.
Estive por uns cinco meses sem escrever, desde que estive com Dk na Coréia do Sul.
Ela voltou para o Brasil em 18 de setembro e em 08 de outubro partiu novamente. Fase final do projeto, agora ela está a bordo do navio, o Laguna Star, em algum ponto do Oceano Índico, logo abaixo de Madagascar.
Ah, o navio é esse aí, foto de quando ainda estava no estaleiro.
http://www.marinetraffic.com/ais/pt/showallphotos.aspx?imo=9534884
Com essa viagem, completam-se os dez meses, nome deste blog.
Nesse período, estive com ela três dias em Seul e vinte dias aqui no Rio.
Os três dias "voaram", assim como os vinte.
Ao contrário, as noites e finais de semana sem ela são lentos, arrastados...
Nos dias de semana minha rotina é agitada o bastante para desejar que a semana tivesse mais dois dias úteis.
É! Esta noite fria da primavera carioca deixa minha cama, meu corpo, meu tato buscarem a presença, o calor e toque de sua pele.
Quase uma da manhã.
Quem sabe minha cama me receba acolhedora.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sono ?

Atividade essencial à vida humana, o sono domina de forma brutal a qualidade de vida e especialmente o humor.
Talvez os criadores de ovinos estejam deixando a atividade e os carneiros me faltam para, na monotonia da sua contagem, embalarem meu sono.
E se eu contasse ...
Dinheiro? Não tenho. E se o tivesse, estaria num banco e seria contado por uma máquina.
Meus medos? Ah! Todos os temos, mas os escondemos de nós mesmos. E mesmo assim, não me traria o sono.
Desejos? Tão poucos que não ocuparia minha mente. Menos ainda de forma monótona.
Um livro! Não. Os que estão na cabeceira ou no iPad, não me deixarão dormir. Especialmente o segundo volume de The Game of Thrones. Começo a ler e não quero parar.
Hummm....
Vou abraçar o travesseiro, e flutuar nas lembranças das noites com a Dk.
Ah, minha amada. Não fique triste. Mas nem assim o sono me acalenta.
Assalto à geladeira! Emoção e suspense... Talvez um chá quente faça mais efeito e não contribua para a expansão da minha linha da cintura.
Ou receita da vovó: leite morno com um pouco de mel e canela.
Um mix: leite morno + rádio (baixinho) + abraço no travesseiro.
Tarde de mais. Faltam menos de 40 minutos para o relógio tocar.
Melhor ir preparar o café da manhã.
Bom dia.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Dies Lunæ

Dias da semana são invenções humanas.
Subparte de um calendário que mostra a pequinês humana diante da Senhora do Tempo.
Uma visita rápida na Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_da_semana) exclarece bem a origem dos nomes dos dias da semana que usamos.
Em latim, ontem seria 'dies lunæ'. Segunda-feira.
Lua nos leva a pensar em algo suave, belo.
Mas a minha foi pesada.
A culpa não é da segunda-feira, nem da terça, quarta ...
Meu corpo está cansado. Não das atividades do dia anterior, quando dormi boa parte da tarde. Talvez justamente pela desregularidade do sono.
Na maioria dos dias sinto muito sono ao fim da tarde. Ontem não foi diferente. Cheguei rápido em casa e como estava, roupa social, sapatos e óculos, joguei-me na cama e dormi mais de quatro horas. Tirei os óculos, a roupa, arrumei a cama e dormi novamente. Até as trés da manhã.
Se Dk estive aqui, eu me aninharia junto a eu corpo, de olhos fechados, nutrindo-me de seu calor como um vampiro térmico.
E ali ficaria até o alarme tocar.
Comentário comum ontem sobre minha aparência cansada. E sobre a influência da saudade de Dk. Sim. Isto também.
Sinto tensão no pescoço e nos ombros. Minhas atividades não cabem na minha agenda ou são proteladas. Meu planejamento pessoal não é cumprido. Ó sofrimento de Capricórnio!
Penso em parar um pouco para me reorganizar. Retirada estratégica para reorganizar as forças, buscar o equilíbrio e retomar a batalha.
Mas a segunda-feira passou arrastada. E terça-feira já me cobra o cumprimento da agenda, e o sono, novamente, insolente, falta-me com a parceria.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Idas, vindas e a saudade pulsa

Neste período que não publiquei - ok!
Houve uma postagem sobre a viagem de ida do Rio para Dallas que ficou desformatada - aconteceram muitas coisas.Primeiro, estive em Redmond (Rio x Dallas x Seattle).
Muitíssimo bem impressionado com o Campus da Microsoft e com as tecnologias e suas propostas de uso. Na visitação à sala de protótipos, produtos dignos dos melhos filmes futuristas. Com o orçamento restrito, limitei-me aos eventos do grupo visitante.
De Seattle, fui para a Coréia do Sul. Três horas até São Francisco. Novamento chego com o tempo curto para a conexão. Mas desta vez não treinei para os 800 metros rasos no saguão do aeroporto. Estava no portão de embarque com 35 minutos de antecedência.
O vôo para Seul, pela Singapore Airlines foi muito bom. Mesmo durando 12 horas e viajando de classe econômica. Em 25 anos de viagens aéreas, foi o melhor serviço de bordo que já tive. Deixou o serviço básico oferecido pela American Airlines no chinelo.
Bem, 12 horas em tempo medido. Vinte e oito horas no ajuste ao fuso horário de Seul.
Para amenizar meu cansaço, Dk já me aguardava no hotel. Foi a melhor noite dos últimos quatro meses e meio.
Euforia do reencontro, ansiedade domina o ambiente por termos somente três noites e três dias para estarmos juntos. Tanto a contar mesmo nos falando várias vezes na semana via Skype. Mas eu reverberava por dentro com seu corpo colado ao meu, suado, dormindo, aplacada a sede do reencontro.
Dois 'adolescentes'de mãos dadas pela bela cidade. Programação de turista e comida típica local. Cronos não estava a nosso favor. Foram as 72 horas mais curtas que já vivi. Sábado a noite: encontro. Terça ao entardecer: despedida.
Já?!?
Torturantes lencóis da cama vazia. Ainda fiquei outros três dias em Seul. As belezas da cidade ficaram sem brilho.
Vou até a fronteira com a Coréia do Norte. Há uma certa tensão no ar, mas mesmo esta aventura foi cinza.
Nestes dias ela estava tão mais perto, mas eu não estava com ela.
Volto para... os Estados Unidos, para participar do mais importante evento mundial sobre Controle, Auditoria e Segurança de Sistema - o NACACS North America Computer Audit, Control and Security - em Orlando.
Outra aventura nos aeroportos de Seul e de Los Angeles por ter a companhia aérea trocada.
Hoje, domingo, ficamos eu e Dk, mais de duas horas namorando via Skype. Nem vi o GP de Mônaco. Essas vídeos ligações ao mesmo tempo que domam minha ansiedade por vê-la e ouví-la, liberam um novo mustang de saudades.
Até a próxima conexão...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Voando para o norte da América do Norte

Rio x Dallas x Seattle: um brasileiro na correria A viagem do Rio para Dallas foi tão confortável quanto estar por 10:30 dentro de um avião numa poltrona da classe econômica. A distância da poltrona da frente era de uma braça. Impossível ficar de lado para dormir. Na verdade num vôo deste tipo dorme-se pelo cansaço, não pelo conforto. A saída do Rio não foi complicada. O problema foi na checagem da imigração em Dallas. Dallas não era meu destino final. Era uma conexão onde eu tinha menos de duas horas entre um vôo e o outro. O salão com os guichês para verificar a documentação era imenso, bem como a fila... E esse era o primeiro de três pontos de checagem que devia passar. Lascou-se. Passa então uma senhora, chamando em inglês e depois em bom português os passageiros com conexão às 7:45. Isso já próximo das 7:00. Vi para onde se dirigiam e resolvi tentar a sorte. Pedi ao casal de brasileiros que estava para guardar o meu lugar na fila enquanto ia falar com o agente de segurança que separava a serpenteaste fila dos estrangeiros da minimalista fila para cidadãos americanos.  Falei em inglês com ele e mostrei meu tíquete da conexão próxima... No que ele me respondeu em espanhol para voltar para a outra fila. Agora ferrou de vez. Passa agora aquela mesma senhorinha, mas já chamando por quem tinha conexão às 8:00. A fila dava tantas voltas que eu não conseguia ve-lá. Com o avanço da fila, encontrei outra senhora fazendo o mesmo serviço. - Filho, você está com problemas! E usou  rádio, onde alguém a autorizou a me mandar para a fila dos 'nativos'. Mesmo assim foram uns dez minutos de espera. Felizmente o oficial da imigração foi rápido e logo saí correndo para o próximo ponto de checagem. Se esse cara resolver verificar minha mala, já era! Ele só perguntou quantos dias eu ia ficar nos EUA. Liberado, saio correndo novamente em busca do balcão da cia aérea para o check-in. Sete horas e cinqüenta minutos. Daqui há pouco um segurança do aeroporto vai parar esse maluco que está correndo e arrastando uma enorme mala vermelha. A propósito: quebraram o suporte inferior da minha mala e ela não mais fica em pé. Que maravilha. No check-in  me deram um papel amarelo, de prioridade para o embarque. Chego no terceiro ponto de checagem. O papel amarelo, ou que fosse vermelho, não serviu de nada.  Apesar de ter que tirar sapatos, cinto, esvaziar os bolsos, até que foi rápida a passagem. Sete horas e cinqüenta e cinco minutos. Estou eu correndo novamente pelo terminal do aeroporto de Dallas procurando o portão D34. Portão à vista. Aceno com a passagem. O funcionário faz um gesto para eu correr. Eu já estava correndo! - Rápido que já estão fechando a porta do avião Entro pela passarela túnel quase caindo e vejo a porta acabando de ser fechada. Gritei. A comissária que estava do lado de fora puxou a porta e a outra que estava dentro olhou para fora com curiosidade. Passo pela primeira, agradeci tão rápido que nem sei se ela ouviu e pergunto para a que estava dentro, no maior bom humor possível: - Tem um lugar para mim? Bem, o meu já estava ocupado e ela me pôs em qualquer outro. Ótimo. O que eu queria consegui. Estou no avião. Mais três horas de vôo e um fuso horário a mais e chego a Seattle. Humanam! Nessa correria toda será que deu tempo de embarcarem a minha mala?  Ufa! Sim. Após alguns minutos ela surge na esteira de bagagem. Eu poderia ter saído com qualquer mala. Não há qualquer verificação. Sem mais sustos, localizei a van do shuttle para o hotel. Meia hora depois estava no balcão do Hyatt Regency Bellevue pegando minha chave.