quarta-feira, 25 de abril de 2012

Voando para o norte da América do Norte

Rio x Dallas x Seattle: um brasileiro na correria A viagem do Rio para Dallas foi tão confortável quanto estar por 10:30 dentro de um avião numa poltrona da classe econômica. A distância da poltrona da frente era de uma braça. Impossível ficar de lado para dormir. Na verdade num vôo deste tipo dorme-se pelo cansaço, não pelo conforto. A saída do Rio não foi complicada. O problema foi na checagem da imigração em Dallas. Dallas não era meu destino final. Era uma conexão onde eu tinha menos de duas horas entre um vôo e o outro. O salão com os guichês para verificar a documentação era imenso, bem como a fila... E esse era o primeiro de três pontos de checagem que devia passar. Lascou-se. Passa então uma senhora, chamando em inglês e depois em bom português os passageiros com conexão às 7:45. Isso já próximo das 7:00. Vi para onde se dirigiam e resolvi tentar a sorte. Pedi ao casal de brasileiros que estava para guardar o meu lugar na fila enquanto ia falar com o agente de segurança que separava a serpenteaste fila dos estrangeiros da minimalista fila para cidadãos americanos.  Falei em inglês com ele e mostrei meu tíquete da conexão próxima... No que ele me respondeu em espanhol para voltar para a outra fila. Agora ferrou de vez. Passa agora aquela mesma senhorinha, mas já chamando por quem tinha conexão às 8:00. A fila dava tantas voltas que eu não conseguia ve-lá. Com o avanço da fila, encontrei outra senhora fazendo o mesmo serviço. - Filho, você está com problemas! E usou  rádio, onde alguém a autorizou a me mandar para a fila dos 'nativos'. Mesmo assim foram uns dez minutos de espera. Felizmente o oficial da imigração foi rápido e logo saí correndo para o próximo ponto de checagem. Se esse cara resolver verificar minha mala, já era! Ele só perguntou quantos dias eu ia ficar nos EUA. Liberado, saio correndo novamente em busca do balcão da cia aérea para o check-in. Sete horas e cinqüenta minutos. Daqui há pouco um segurança do aeroporto vai parar esse maluco que está correndo e arrastando uma enorme mala vermelha. A propósito: quebraram o suporte inferior da minha mala e ela não mais fica em pé. Que maravilha. No check-in  me deram um papel amarelo, de prioridade para o embarque. Chego no terceiro ponto de checagem. O papel amarelo, ou que fosse vermelho, não serviu de nada.  Apesar de ter que tirar sapatos, cinto, esvaziar os bolsos, até que foi rápida a passagem. Sete horas e cinqüenta e cinco minutos. Estou eu correndo novamente pelo terminal do aeroporto de Dallas procurando o portão D34. Portão à vista. Aceno com a passagem. O funcionário faz um gesto para eu correr. Eu já estava correndo! - Rápido que já estão fechando a porta do avião Entro pela passarela túnel quase caindo e vejo a porta acabando de ser fechada. Gritei. A comissária que estava do lado de fora puxou a porta e a outra que estava dentro olhou para fora com curiosidade. Passo pela primeira, agradeci tão rápido que nem sei se ela ouviu e pergunto para a que estava dentro, no maior bom humor possível: - Tem um lugar para mim? Bem, o meu já estava ocupado e ela me pôs em qualquer outro. Ótimo. O que eu queria consegui. Estou no avião. Mais três horas de vôo e um fuso horário a mais e chego a Seattle. Humanam! Nessa correria toda será que deu tempo de embarcarem a minha mala?  Ufa! Sim. Após alguns minutos ela surge na esteira de bagagem. Eu poderia ter saído com qualquer mala. Não há qualquer verificação. Sem mais sustos, localizei a van do shuttle para o hotel. Meia hora depois estava no balcão do Hyatt Regency Bellevue pegando minha chave.

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